terça-feira, 19 de julho de 2011

VIESTE-MAVI LAMAS

VIESTE
                      Mavi Lamas
 
 
Vieste impassível e impossível...
os braços morenos  abertos
alto e solene
vieste de longe,
 de muito longe
veio de leve
e ficou em mim
como a espera de um longo beijo
 
Não importava  o amanhã
como se ele não existisse
Só dizia da benquerença
da crença, da aventurança boa
dos atrevimentos inconsequentes
das fantasias, das ilusões.
 
Vieste em silencio
ninguém se iluda
ainda sinto em meu corpo
as tuas mãos na minha carência...
Vieste na tarde de crepúsculo
e ficou na treva que seguiu
Transformou-se em noite
e ficou no meu martírio
morro de espanto
Vieste com seus longos braços morenos
Inútil é procurar-te aqui...
 
Hoje não me falem de poesia...
Escondam o brilho do sol
a magia encantada da lua
Não façam barulho...
quero calar a minha saudade...
acariciar-lhe até que ela durma em paz!

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