A SÓS
Porta entreaberta à minha chegada;
adentro sorrateiro, como sempre faço.
Chuveiro ligado, esperando minha entrada;
envolvo seu corpo molhado num abraço.
Beijos molhados, corpos ensaboados,
vontades redobradas com sexos colados.
Chão molhado com pegadas insanas,
nossos corpos jogados na cama.
Beijos ardentes, respirações ofegantes,
mãos abusadas, perdidas, buscando algo;
algo que quer ser encontrado por mãos anelantes.
Nesse instante, sou vagabundo e não, fidalgo.
Seus seios pontiagudos ferem meu lábio;
minha boca os petisca avidamente.
Há um chamamento do seu corpo sábio
pelo meu sexo a penetrar você duramente.
Suor escorrendo testa abaixo, o que fazer?
Olhos vermelhos fixos em você, sem parar,
pensamento intenso para gozar.
Vou eu e depois você, num só prazer.
Amém
Marcos Toledo
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